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Capítulo 4 - Quais São Os Conselhos Que Estabelecem Destinos?

Foto do escritor: Fernando Alberto AraújoFernando Alberto Araújo

Atualizado: 26 de abr. de 2019


As influências na vida de alguém iniciam-se a partir das observações ou referências comportamentais que alguém absorve a partir da família, as quais, nos passos iniciais da vida, se efetivam por imitação.


As referências da impiedade ou de um comportamento ímpio também emergem neste processo, consolidando-se nos relacionamentos interpessoais da mesma natureza fora do ambiente familiar.


O Salmo primeiro, como já dissemos, visa estabelecer o prevenir-se quanto às influências que podem contaminar nossos destinos e histórias pessoais.


Desta maneira enfatiza claramente a quem não devemos dar ouvidos, de tal maneira que rejeitemos tais influências, sejam as mesmas filosóficas ou comportamentais, sob o risco de nos enveredarmos para caminhos desastrosos em nossa experiência pessoal de vida.


Vamos exemplificar agora, à luz de diversos textos Bíblicos, 10 convicções de vida que um ímpio tem e como as efetiva em sua prática vivencial.


Hoje veremos a primeira delas.


1. Um dos conceitos básicos do estilo de vida do ímpio é o de que os homens prevalecem pela sua própria força.


I Samuel 2.9 "Os pés dos seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas; porque o homem não prevalecerá pela força."


A oração de Ana no texto em questão, ocasião na qual ora para obter o favor da maternidade, dá a entender que a filosofia do homem ímpio dos seus dias enfatizava que um homem que tem e usa a sua força à parte de Deus, este é o que prevalece.


Esta filosofia de ação é levada a sério por muitos em nossa geração.


“A Ciência do Poder Pessoal”, “Desperte seu Poder Pessoal”, “Desenvolvendo Seu Poder Pessoal”, “O Manual do Poder Pessoal”, estes e tantos outros temas, são livros de diversas Editoras Seculares que enfatizam como fator chave do desempenho e do êxito a força intrínseca do ser humano e apenas no ser humano, independentemente de suas relações espirituais.


É claro que isto está efetivamente contrário ao ensino das Sagradas Escrituras.


Jesus nos disse: “Sem mim, nada podeis fazer”.


Paulo nos mostra que nossas possibilidades são amplas quando estamos nEle e caminhamos sob a Sua direção e orientação.


Em Filipenses 4.13 nos incentiva dizendo: “Tudo posso NAQUELE que me fortalece.


No Antigo Testamento encontramos uma palavra fortíssima e contrária ao sentimento de que a força humana é suficiente para efetivar o êxito integral. ·


PROVÉRBIOS (cap. 28.26)· “O que confia no seu próprio coração é insensato; mas o que anda sabiamente será livre.


JEREMIAS (cap. 17.5)· “Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!”


Estes dois textos tem o mesmo sentido.


O homem confiar em si mesmo e no único poder do seu potencial é de fato arrogância, presunção e tolice.


Quanto ao texto de Jeremias não são poucos os que dele se utilizam para afirmar que jamais devemos confiar em homens, sob qualquer hipótese.


Uma hermenêutica desta natureza insinua que a Bíblia nos incentiva a desconfiar de todos. Ou seja, que não há relações humanas confiáveis.


O texto não diz isto.


A verdadeira intenção do texto é demonstrar que a força e a confiança do homem em si mesmo é a pior das ciladas nas quais alguém possa cair. É caminho de estabelecimento de maldição.


Em suma, o homem que apoia-se em si mesmo, que pauta-se em si mesmo, que estabelece todas as suas possibilidades com base naquilo que possa realizar por si só, é maldito, entrou na rota da colheita da maldição.


O conselho ímpio diz, confie no seu talento, confie no seu potencial, vá além por suas próprias forças.


O que nos diria o Conselho do Eterno?


O Conselho do Altíssimo diz:


JEREMIAS (cap. 17.7) “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.”


PROVÉRBIOS (cap. 29.25) “mas o que confia no Senhor está seguro.”


PROVÉRBIOS (cap. 28.25)· “O cobiçoso levanta contendas; mas o que confia no senhor prosperará.”


SALMOS (cap. 32.10)· “... mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca.”


SALMOS (cap. 125.1) “Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre.”


A questão aqui é: A quem pretendemos ouvir?


Vamos ouvir aos conselhos dos ímpios que dizem:


“Confie em si mesmo e apenas em si mesmo?


Ou ouviremos ao Senhor que nos diz :


“ Se quiserdes, e me ouvires, comereis o bem desta terra;” ?


Hoje o Senhor lhe diz como disse a Pedro: “Este é o meu Filho Amado, à Ele ouvi.”

Ouça o que Jesus tem a lhe dizer, a lhe ensinar, a lhe mostrar.


Ele disse : “Eu sou o Caminho, a verdade e a vida.” João 14.6


Com isso Ele afirmou. Eu sou a sua referência absoluta. Siga os meus princípios, os meus ensinos,o meu estilo de vida.


Paulo nos advertiu dizendo: "Sede meus imitadores, assim como eu sou de Cristo".


Esta é a proposta de Deus para nós.


A diferença entre conquistar ao modo humano e conquistar ao modo de Deus está no alcance e na durabilidade da conquista.


O que se conquista pela força humana e sem princípios sólidos estabelecidos em um caráter consolidado na fé, vai-se tão rapidamente como veio.


As conquistas efetivadas em Deus e através dos Seus Princípios são duradoras e resistentes. São, como Jesus ensinou, "casa firmada sobre a Rocha", em que, sob a pressão dos ventos e tempestades, não arrefece e permanece firme e em pleno progresso.


Pense nisso e despreze o conselho ímpio quanto às conquistas pretendidas.




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