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Capítulo 8 - O conselho dos ímpios diz:"Não tenha espaço em suas memórias para Deus." Jó 8. 13 a 20

Foto do escritor: Fernando Alberto AraújoFernando Alberto Araújo

Atualizado: 27 de abr. de 2019


"Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; a esperança do ímpio perecerá, a sua segurança se desfará, e a sua confiança será como a teia de aranha.

Encostar-se-á à sua casa, porém ela não subsistirá; apegar-se-lhe-á, porém ela não permanecerá. Ele está verde diante do sol, e os seus renovos estendem-se sobre o seu jardim; as suas raízes se entrelaçam junto ao monte de pedras; até penetra o pedregal.

Mas quando for arrancado do seu lugar, então este o negará, dizendo: Nunca te vi.

Eis que tal é a alegria do seu caminho ..."


Aqui encontramos um retrato impressionante do estilo de vida do ímpio.


O ímpio é citado entre aqueles que se esquecem de Deus, que O ignoram, que de fato não se importam com Sua existência ou não.


Mas esta passagem de Jó nos revela algumas facetas de porque o comportamento ímpio é assim.


Em primeiro lugar o texto nos diz que o ímpio nutre expectativas, desenvolve esperanças, cria para si uma espécie de sonho pessoal quanto ao que realiza, negocia, trabalha ou com quem se relaciona. O texto relata "a esperança do ímpio".


Apesar de se esquecer de Deus o ímpio é um indivíduo que quer se dar bem, que deseja que as coisas deem certo em sua direção.


Sua arrogância quanto a não percepção de sua limitação e finitude, enganam-no a tal ponto de imaginar que sozinho, com o seu esforço e atributos pessoais, possa lograr êxito na vida e seguir, indefinidamente, seguro.


O diagnóstico desta falsa esperança aparece também no texto.


Suas expectativas e sua esperança são embasadas na fragilidade das circunstâncias, as quais são mutáveis, e ainda, na potencial e limitada falibilidade humana.


A metáfora aqui empregada é muito interessante.


O seu ponto de apoio é uma "teia de aranha", fragilísissimo, o qual se desvanece até com a força de um simples vento, quanto mais com o peso adverso de um ataque inimigo.


Assim é a construção da confiança ímpia e iníqua.


Quantos dentre nós pensamos em construir de maneira ímpia e corrupta o seu patrimônio, os seus negócios, a sua influência ou posição social?


Quantos se apoiaram na sua "teia de aranha" das indicações políticas pautadas em interesses e atos corruptos mútuos?


Quantos destes viram as suas "teias" subitamente arrancadas, arrojadas, lançadas por terra?


Já vi muita gente se gabando porque se prendia na "teia" da "esperteza", enganando alguém aqui ou ali e achando que nada os aconteceria.

Ledo engano.


Hoje não mais estão e não mais são aquilo que pensavam ser em expectativa para anos a fio em suas histórias.


A outra realidade que Jó traz acerca daqueles que não tem espaço em suas memórias para Deus está no que ele diz quando usa a metáfora das plantas.


O ímpio é planta regada e recebe o brilho do sol.


Interessante como isto nos faz lembrar outro texto no qual Jesus nos mostra que "Deus faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos" Isto é o que encontramos em Mateus 5.45


Esta realidade nos apresenta o fato de que o ímpio, embora não o reconheça, recebe do alto a benção de viver e existir, a possibilidade da vida.


Diz-nos o texto que ele é "regado", o que significa que ele recebe provisão do alto e chega a produzir.


Embora tudo isto lhe aconteça, suas raízes se entrelaçam nos pedregais.


Veja o versículo 17: " entrelaça as raízes em um monte de pedras e procura um lugar entre as rochas".


Um solo rochoso é potencialmente um ambiente árido, desprovido de fertilidade e de humus suficiente para manter qualquer planta. Uma vez estabelecendo-se em tal lugar, contam-se os dias para a falência do potencial de vida. Quem o fez traçou o seu destino para a destruição precoce.


Raízes entre pedras fala da predileção por estabelecer fundamentos em filosofias insustentáveis e de alto risco existencial, em modos de vida que se desfarão e receberão a influência da aridez relacional, psicológica e sobretudo espiritual que se instala ao seu redor.


Quantos recebem de Deus a vida, são provisionados por Ele, mesmo que O esqueçam, e ainda assim insistem estabelecer os fundamentos de sua história longe dEle.


Tornam-se áridos, comprometidos e vazios.


Vão murchando, definhando e morrendo existencialmente. Tornam-se "amarelados" pelo passar do tempo, pela ausência da "Água da vida".

Inviabilizam dias abençoadores porque escolheram se "esquecer de Deus" e plantar-se a si mesmos longe do Seu amor e do Seu favor.


Pesadas são as metáforas encontradas aqui neste texto, mas são tremendos sinais de alerta.


O texto continua dizendo que os ímpios são esquecidos, assim como se esquecem de Deus.


O texto nos diz, no verso 18, que quando esta planta é arrancada do seu lugar, seu próprio solo a rejeita e diz "nunca a vi".


Imagine, esteve ali, viveu ali, cresceu ali, morreu ali. Seu diagnóstico? Presença inexpressiva, desprezível.


Assim é a vida do ímpio.


O esquecimento, a ignomínia, o desprezo lhe aguardam. Anulou a Deus em sua memória. Nula será a memória dos seus dias ou quando lembrada, razão de sentimentos de desprezo.


Impressionante que aqueles que diziam aos outros"esqueçam Deus" passaram a história lembrados por frases tais e por seu desespero e suas arrogâncias conceituais devidamente confrontadas pelos resultados relacionais de vida.


Dê, apenas por curiosidade, uma olhada nas circunstâncias nas historias familiares ou relacionais daqueles que advogaram publicamente o desprezo ou incentivaram outros ao esquecimento de Deus. Como será que eles terminaram?


O verso 19 diz: " Do solo brotam outras plantas".


Sabe o que isto quer dizer?


Que o ímpio passou, se foi, se decompôs, mas o Senhor e Seus princípios de vida continuam a operar.


Isto significa que o novo continua a se fazer em uma história que é contínua e abençoadora como nos diz o salmista no Salmo 19:


"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.

Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz. Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os confins do mundo."


Enquanto isto, a memória do ímpio é desarraigada da terra ou afetada pelo desprezo.


Mas o pior de tudo para o ímpio não termina aqui, no desarraigar desta terra. Veja o que Deus reservou para aqueles que se esquecem intencionalmente dEle:


" Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus."

Salmo 9.17






Veja o que Deus nos diz sobre isso:


“A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrece” (Prov. 10:7)


Aqui cabe mais uma vez a reflexão:


Optaremos em manter-nos entre os justos com Deus em suas memórias ou com os ímpios em seu esquecimento?






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